Estas histórias são originais e estão sendo recebidas dos participantes do projeto, e serão transformadas em vídeos.

Verdades de Pescador:
De Tainha a Maricota e até Peixe Falador
– Adriana Vieira

VERDADES DE PESCADOR,
DE TAINHA A MARICOTA E ATÉ PEIXE FALADOR.
  
Adriana Vieira

Essa é uma história de pescador.
Dizem que toda história de pescador tem um dedinho de mentira, não importa o tamanho do peixe, pode ser peixe grande ou peixe pequeno, sempre tem mentira, mas, quem me contou disse que é a mais pura verdade.
A história fala de um homem simples que vivia nessas terras, o nome dele era Tainha. Nome esquisito pra nome de gente, mas esse era o nome dele mesmo, sua mãe gostava tanto do peixe, que assim que o menino nasceu, ela olhou bem pra ele e não teve dúvidas, vai se chamar Tainha.
O menino se criou solto como qualquer outro menino daquele lugar, e era Tainha pra lá, Tainha pra cá, Tainha pra todo lado.
Quando ficou moço, com um nome desse, logo virou pescador.
E ele se transformou em seu Tainha, homem do mar respeitado e orgulhoso de sua profissão.
Ele fez família, criou seus filhos tudo através da fartura do peixe em suas redes.
Mas, aos poucos os peixes começaram a sumir, dia após dia Seu Tainha conseguia menos peixes. A vida de pescador estava ficando cada vez mais difícil e tinha dias que não vinha nenhum peixinho na rede. Isso tudo entristecia muito o seu coração, mas ele não sabia o que estava acontecendo com os peixes e muito menos o que fazer para resolver a situação.
Certo dia, Tainha levantou cedo, colocou sua roupa de pescar, arrumou seu barco, sua rede e disse pra sua mulher: – Mulher deixe a panela pronta!! Que hoje trago peixe pra comer.
E partiu.
Ele decidiu ir para um lugar lindo, seu favorito em todo mundo, lá no mar da esperança, pertinho da praia da saudade, do ladinho da lagoa do abraço. Lá que sempre lhe traziam os melhores peixes.
Quando estava tudo pronto, Tainha jogou a rede, puxou, e não veio nada, nadinha.
Então ele jogou novamente, e mais uma vez, nada.
Jogou mais uma vez, e outra, e de novo e assim foram muitas vezes. E ele ficou tão triste.
Já estava tarde, seu Tainha já estava cansado, mas antes de desistir decidiu jogar sua rede pela última vez, mas agora ele iria fazer algo diferente, ele que era homem de fé, resolveu fazer uma oração, ao criador dos céus, da terra e até mesmo do mar. Nesse momento ele tirou o seu chapéu, elevou os seus olhos aos céus e pediu de todo o seu coração à Deus que dessa vez sua rede voltasse com peixe.
Logo em seguida ele jogou mais uma vez a sua rede, desta vez com toda a fé que ele tinha em seu coração.
Quando puxou, percebeu que havia alguma coisa lá. Um peixe. Não era nenhum peixe enorme, apenas um peixinho. Era um peixe diferente, que nem ele em toda a sua vida de pescador havia visto.
Ele olhou pro peixe, o peixe olhou pra ele e de repente o peixe fez assim … que estranho pensou seu Tainha, parecia que o peixe queria falar.
Tainha achou que estava ficando doido, mas era só olhar pro peixe que a prosa do bicho continuava.
Então Tainha teve uma ideia, colocou o peixe dentro de um balde com água e voltou pra terra.
Seu plano era levar o peixe esquisito pra casa de dona Maricota, dizem que ela morava lá a tanto tempo que ninguém sabia quantos anos ela tinha, nem ela mesmo, ela havia parado de contar, aquela que morava lá no pé do moro, encostadinho no mato.
O povo dizia que quando ela era novinha, há muitos anos atrás, ela tinha o dom de falar com bichos, com todo tipo de bicho.
Tainha chegou lá e foi logo contando o causo pra dona Maricota que ficou ouvindo atentamente, logo depois que ouviu a história ela pegou o peixe na mão, olhou pro peixe , o peixe olhou pra ela e a esquisitice aconteceu de novo,  o peixe- parecia que queria falar.
Então ela disse: – Já sei !!
Tainha ficou todo animado e perguntou : O que ele disse?
Dona Maricota foi logo dizendo: – Eu sei lá o que esse peixe disse, por acaso eu falo peixes?? Você acha mesmo que eu falo com os bichos? Mas tive uma ideia, me leva lá na praia onde pegasse o peixe, talvez o mar tenha algo a dizer.
E assim foram os três de volta para o mar.
Quando chegaram lá, dona Maricota olhou pra praia, pra areia e tudo a sua volta e foi logo desvendando o mistério, ela que já havia vivido muito nunca tinha visto uma praia tão suja, e ela sabia que o mar não era lugar de lixo, haviam garrafas plásticas, bitucas de cigarro, papel e até uma bota velha na praia, nesse momento ela disse , não precisa falar com os peixes nem ser muito sabido pra saber que peixe não gosta de mar sujo, seu Tainha que também já havia vivido muito precisou concordar e lembrou que já havia pegado muito peixe naquele lugar, mas, naquela época era tudo muito mais limpo.
Depois disso Tainha acabou devolvendo o peixe falador pro mar.
Agora que ele sabia o motivo dos peixes sumirem ele precisava falar para as pessoas o que estava acontecendo.
A partir daquele dia ele começou a falar para todos a importância de se preservar o mar e as praias, as pessoas começaram a se importar com o que estava acontecendo e começaram a limpar.
O peixinho que voltou para sua casa lá no mar contou para os outros peixes o que estava acontecendo e aos poucos os peixes curiosos voltavam para conferir se estava mesmo tudo limpo, quanto mais limpa a praia ficava, mais peixes apareciam.
Seu Tainha ficou tão feliz que resolveu fazer uma festa de aniversário na praia, o mês era julho mas ano ninguém sabe contar, o que se sabe é que até os peixes vieram pra essa festa, muitos peixes, pescadoras e todo tipo de gente que gosta de peixe.  E assim todos os anos nessa mesma época, os peixes acabam voltando para celebrar o aniversário do Seu Tainha e principalmente para conferir se a praia continua limpa.

O DIA DO ESCURO

(Uma história não para ser lida, mas para ser contada)

Chris Mayer
 
Essa história me foi contada por Tiopatu. Um viajante interplanetário que se hospedou em minha casa há muitos anos atrás. Tiopatu tinha 439 anos, e gostava mesmo era de conversar sobre todos os seres de muitos e muitos planetas diferentes:
“Era um planeta chamado Karu. Um planetinha pequeno, simpático, que ficava laaaaaaaaaaaá numa galáxia vizinha da galáxia vizinha, da galáxia vizinha da nossa Via Láctea.
Os pacíficos habitantes de Karu viviam sossegados entre cidades que se ligavam por estradas compridas e cheias de curvas, acompanhadas de suas florestas coloridas e pássaros curiosos. Os mais rápidos viajavam com suas oito pernas; os mais lentos, tinham que carregar seus oito braços. Os mais sábios tinham duas cabeças; os mais hábeis, seis mãos, e os que enxergavam longe, sete olhos. Os que enxergavam muito bem de perto, tinham um olho só, grande, na ponta do nariz. Gostavam da enorme diferença e habilidades que se complementavam entre eles, e não tinham ideia porque tanta gente diferente, já que acreditavam serem o único planeta e como unzinho só, o único também que tinha gente. Enfim, que tinha vida.
Karu, redondo como todos, orbitava ao redor de um sol como… Não, êpa! Orbitava ao redor de TRÊS sóis: Lina, Pólimo e o maior de todos: Magávia. Karu também tinha suas luas. Eram três que andavam circulando ao redor do planeta em velocidades diferentes e conhecidas por sua coloração: a Dourada, a Prateada e a Violeta.
Já imaginaram quanta sorte? De ter três pores de sóis por dia em horários diferentes? E também três vezes nascia um sol que ou iluminava muito ou mais ou menos ou bem pouco? E poder olhar pro céu e sempre ter uma lua de cor diferente pra admirar?
Todos os dias nasciam as três luas e os três sóis, e por isso mesmo, nunca escurecia. Não conheciam a noite, sempre tinha um sol a brilhar e a iluminar as janelas, as hortas, os passeios, as praças e as camas.
E esse era o grande medo dos karunianos – independentemente da quantidade de cabeças, pés ou olhos – todos tinham muito medo do ESCURO.
Mas não era só medo. Também tinham uma grande curiosidade. Contavam – numa das inúmeras lendas sobre o planeta – que o ESCURO apareceu em um tempo muito distante, descolorindo as plantas, os rios, as árvores, a imaginação e todas as histórias – e ninguém via mais nada – nem suas mãos, nem seus amores.
Mas a curiosidade era tanta sobre o ESCURO e seu terror, que um dia um karuniano construiu um grande túnel – o Túnel do Terror Escuro. Todo domingo – que em Karu se chamava festingo – formavam-se filas imensas de grupo de amigos, casais de namorados e famílias com suas crianças e sacos de pipoca rosa para andar dentro do túnel do construtor Navabo, de onde saíam gritos apavorantes e gente com os olhos esbugalhados.
Mas assim como toda tradição se quebra, assim também a natureza as vezes vem com uma surpresa. E os cientistas de Karu anunciaram com muita preocupação que no dia 13 de Festembro – o mês das férias – aconteceria um eclipse especial.
Um tri eclipse na verdade, ou um eclipse triplo, onde a lua Dourada se alinharia em frente a Magávia, tapando sua luminosidade; a lua Prateada esconderia Pólimo, e Violeta ficaria na frente de Lina, impedindo sua luz e calor de chegar até Karu.
O planeta ia ficar completamente no ESCURO.
Foi uma correria danada. Os mais apavorados construíram porões e abasteceram de água e comida; os mais dramáticos anunciavam o fim do mundo de Karu; os espertos passaram a vender óculos especiais para ver o ESCURO. Os alegres despreocupados marcaram reuniões com muita comida, bebida e música, e os esotéricos entraram em retiro se preparando para serem abduzidos por uma consciência maior.
A expectativa crescia à medida que o dia se aproximava. As crianças inquietas enchiam os adultos de inúmeras perguntas sem resposta: o que vai acontecer quando tudo estiver ESCURO?
E o tal dia do ESCURO chegou.
Um silêncio intenso trespassou o planeta enquanto – lentamente – as luas se posicionavam cada uma em frente a cada sol. As árvores e as coisas primeiro foram perdendo sua cor, até formarem apenas recortes pretos contra um azul profundo. E a cada minuto se enxergava cada vez e cada vez menos. Todos se deram as mãos, com medo de se perder. Muitos fecharam os olhos de medo! Medo de não enxergar com os olhos abertos!
Até que o grito de uma menina encheu o espaço silencioso e cheio de temor:
– Olha!
Todos se viraram na mesma direção, abriram os olhos ao mesmo tempo e olharam para o céu ESCURO.
Os festantes brindaram, os esotéricos choraram, os cientistas correram a pegar dados e tirar fotografias. As famílias mais temerosas saíram de seus porões porque a curiosidade foi maior que o medo. Os espertos tiraram os óculos que não serviam para nada e os dramáticos se ajoelharam perante tanta beleza.
Foi assim que entenderam, foi assim que perceberam: não estavam sozinhos na sua galáxia, não estavam sozinhos nesse universo, nem eram sozinhos dentre todos os universos.
Os corações karunianos bateram mais forte, seus braços esticaram abertos em longo abraço, e tudo mudou.
Não mais tinham medo do ESCURO e passaram a comentar sobre o que tinham visto. Houveram muitos debates, análises, questionamentos, certezas e tantas outras dúvidas sobre as descobertas do dia do ESCURO. 
Até Navabo refez seu túnel, e muitas histórias foram escritas e contadas em karunês – a língua dos karunianos – e passadas de geração em geração.
A história do dia em que os karunianos descobriram e viram, pela primeira vez, as ESTRELAS.

A ÁRVORE QUE GANHA VIDA

Daniela Ferreira da Silva

(Efeito de ventania, folhas da árvore cai )
De manhã, o menino tão logo pulou da cama, foi ao quintal para ver como estava sua árvore , quando viu ficou surpreso, pois todas as folhas tinham caído, e a árvore parecia morta sem vida. O menino ficou bastante triste, sentou em cima de uma pedra com a cabeça cabisbaixa. Foi então que teve a ideia de desenhar partes do corpo e colar na arvore. Já é noite e o menino entra para casa para dormir.
(Efeitos mágicos: a árvore se transforma em um menino)
Ao amanhecer o menino retorna para o quintal e ver que a árvore não está mais no lugar, corre até o local da árvore e encontra um menino deitado com uma bola sobre as folhas, toca no menino e ele acorda e convida o menino que lhe deu a vida para brincar de bola. Os dois brincam se abraçam e sai de cena.

A LENDA DA VITÓRIA-RÉGIA

Maria Noli

Era uma vez… uma índia chamada Naiá
Naiá amava a lua , e todas as noites apreciava esse Deus com a esperança de que um dia a lua a levasse consigo,  tornando Naiá uma estrela.
Uma certa noite a lua estava mais brilhante Naiá foi apreciá-la na beira do lago, ao vê-la refletida no lago imaginou que a lua estava ali para buscá-la. Num impulso Naiá caiu no lago e foi ao fundo,  a lua piedosa transformou Naiá em uma planta aquática conhecida como estrela das águas  a Vitória Régia

A LENDA DA IARA

Rosa Dantas
 
Texto adaptado, site www.infoescola.com.br ( folclore).


Iara era uma índia guerreira, lutava, atirava uma flecha como ninguém, muito bonita, cabelos longos, olhos negros e muito esperta. 
Seu pai, o pajé, considerava a uma líder de toda a aldeia, o que causou uma grande inveja de seus irmãos.
Uma noite ao voltar de uma festa na aldeia a indiazinha ouviu os seus irmãos tramando a sua morte, ela rapidamente pulou em cima deles, eles se defendiam das agressões da pequena índia, não conseguindo mata lá, um dos irmãos em um golpe segurou a no pescoço tentando um enforcamento, a índia como uma exímia lutadora, segurou as mãos de seu irmão e o arremessou ao chão, para não morrer a índia lançou flecha em direção a eles e assim matando os.
 O pajé que vinha chegando, viu seus filhos mortos e logo avistou a índia Iara correndo ao longe para dentro da mata, Iara chorava noite e dia, andando pela mata, por ter matado seus irmãos, pedia ao Deus Sol, perdão pela atitude, continuava ela assim chorando, sozinha, vários Espíritos se aproximavam dela, acalentando as suas dores.
 O pajé, inicia uma busca implacável, seguiu pela mata junto com os índios da aldeia, procurando a na gruta ,nas árvores, riachos, até que conseguiu assim encontra lá, Iara então responde ao pai, tentando argumentar :
– Pai, só me defendi, eles queriam me matar, perdão!!
O pai fala aos gritos:
– Você conhece a lei!!
E como punição pela morte dos seus irmãos jogou a no Rio Negro e Solimões.
Iara foi afundando, afundando, cada vez mais, naquelas águas escuras, não conseguia vê mais nada, apenas sentia o desprender do corpo, nesse momento ela em um impulso olha para trás e vê assim vários peixes, cada um de uma cor , dançando, bailando nas águas doce e serena, todos empurrando seu corpo para superfície, ao olhar para os seus pés observou que havia adquirido uma cauda de peixe, Iara então transformou se em uma linda sereia e todos os dias costuma banhar se no rio cantando uma irresistível melodia que desta forma atraia os homens que a veem e ouvem, estes não conseguem resistir aos seus cantos e encantos e pulam para dentro do rio sendo levados para o fundo.
Até hoje Iara vive nos rios e é mais fácil encontra lá nas águas do rio Negro e Solimões com suas lindas canções, com a voz doce que encanta os nossos ouvidos!!!

BETINA E A JIBÓIA
 
Bárbara Cristina

Era uma bela tarde. O sol brilhava intensamente e o vento balançava as folhas das arvores. Uma senhora chamada de Dona Betina cuidava do terreiro da sua linda casa cantando alegremente 

Se essa rua, se essa rua fosse minha
Eu mandava, eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhantes
Para o meu, para o meu amor passar

Nessa rua, nessa rua tem um bosque
Que se chama, que se chama solidão
Dentro dele, dentro dele mora um anjo
Que roubou, que roubou meu coração

Se eu roubei, se eu roubei teu coração
É porque, é porque te quero bem
Se eu roubei, se eu roubei teu coração
É porque tu roubaste o meu também

Se essa rua, se essa rua fosse minha
Eu mandava, eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhantes
Para o meu, para o meu amor passar

Nessa rua, nessa rua tem

Os cachorros brincavam, as borboletas beijavam as flores e tudo seguia sua rotina de sempre. Foi então que Dona Betina foi surpreendida pelos latidos dos cachorros e ao se aproximar percebeu que uma jiboia tentava dar o seu bote, querendo enrolar um dos seus cachorros, o qual, inocente, parecia brincar com a cobra.
Dona Betina vendo o perigo tentava chamar seu cão, que não a obedecia.
Será que Dona Betina conseguirá salvar o seu cachorro?  

KUSHISAKE ONNA…A MULHER DE MÁSCARA

Maria Eduarda Da Silva


-Poxa, Mei!
-O que foi, Moi?
-Eu saí do trabalho esses dias muito tarde da noite Mei, e fiquei um pouco assustado.
-Mas por que Moi?
-É que hoje em dia, com essa coisa de quarentena e todos usando máscara né, nunca se sabe quem vai te assaltar, Mei!
-Ah, mas então eu sei uma história pra te contar, Moi! Hehehe
-Conta Mei, conta!!
-Então, é sobre uma mulher que usa uma dessas máscaras cirúrgicas também, para esconder seu rosto horrendo e assustador! Hehehe
-Uuhh, que medo, Mei!! Para com isso! Ainda é tão tarde da noite e eu preciso ir para casa dormir, assim vou ter pesadelos por culpa sua!
-Que nada, que frescura! Senta que lá vem a história, Moi!!
Então, continuando, ela aparece de noite para quem está sozinho e com a máscara no rosto, ela pergunta: “Eu sou bonita?”
-É aí Mei? O que acontece?
-Bom, Moi, se você disser que não, ela te pega e te pica em pedacinhos com sua tesoura! Mas se você disser sim, ela tira a máscara!
-Então?
-Ela revela sua boca cortada de orelha a orelha e refaz sua pergunta: “E agora, eu sou bonita?”. Se você disser que não, ela te pica em pedacinhos, se disser sim, ela corta sua boca e te deixa igualzinho a ela!!
-Credo Mei, que medo, agora você vai ter que me buscar no trabalho…

FugaZ

Hermes Perdigão

Debruçando um dos cotovelos e deixando em pé sobre a mesa, a mão se abre lentamente, criamos o espaço para a cena. Ouvimos passos, que vai aumentando, a luz foca um movimento, os dedos abertos se transformam em uma grade de prisão, surge um personagem, que olha pela grade tentando fugir, examinando, como fazer, passando pelo outro lado da mão. Volta para a grade, com um pequeno lençol cortado faz uma corda (Chamado de Teresa pelos presos), prende em um dos dedos ( a grade) e desce testando se funciona. Quando inicia a fuga vê um anel brilhante na grade (Mão do manipulador), ele retira, está levando embora, descendo na ” Teresa ” ele escorrega, e cai ( uma queda com um pequeno barulho, ahhhh, o grito).
Focamos na mão da grade, que se fecha lentamente, ela vira e na palma da mão está escrito: FUGAZ. A luz se encerra.

CANTINHO DA TRICOTEIRA

Helena Flávia Marinho de Lima

(A cena começa com mãos tricotando; voz da narradora)
Era uma vez…e é ainda!
Em seu “Cantinho da Tricoteira”, vovó Martinha, imbuída no
imaginário dos reinos da fantasia e da infância, em meio à
natureza, com suas mãos habilidosíssimas, teceu bonequinhos de tricô, inspirada nas belezas e encantos da tricotagem aprendida nas receitas antigas de família, tecendo sapatinhos para bebês.
Suas mãos em persistente trabalho nas horas vagas, deram vida a memórias e paisagens das histórias dos contos clássicos e tradicionais, com suas personagens marcantes
(Cena: Os bonequinhos de tricô vão aparecendo).
Eles foram surgindo aos poucos: fada, bruxa, princesa, príncipe, rei, rainha…e, um a um, ela os ia colocando num balainho e ali permaneceram num tempo acolhedor de suas delicadezas. Juntando-se a eles, chegou Pinóquio, Alice do país das Maravilhas, Emília de Monteiro Lobato, Saci Pererê, Pierrô e Colombina, Bailarinos… e, de repente, foram surgindo crianças, meninos e meninas, com seus brinquedos e brincadeiras: ora soltar pipa, ora pular corda, brincar de boneca, brincadeira de roda e,”pluft”- , como num toque de varinha de condão, tudo se encantou e todo o Reino acordou. No início foi uma confusão danada: todos queriam falar ao mesmo tempo – uma loucura.
Vovó Martinha deu logo um basta: colocou-os novamente no
balainho, aquietando-os, acariciando-os, até que adormeceram.
(Cena: gesto e voz da narradora)
Vovó Martinha cobriu o balainho com um paninho preto, como o “manto da noite” e salpicou estrelas sobre eles.
Ela também estava cansada e queria dormir também.
Dormiria feliz, reconhecendo-se através do sensível e espiritual presentes nas histórias, nos contos e no imaginário de sua infância, ainda pulsante, através de suas memórias.

(Cena: canto/voz da narradora):
 “Estrela, estrela, quero ser assim, brilhar, brilhar, ser como tu és!”

O PASTOR MENTIROSO E O LOBO

O Pastor Mentiroso e o Lobo – Wikipédia, a enciclopédia livre


Tamires Festa


Era uma vez um jovem pastor que costumava levar o Seu rebanho de ovelhas para a serra a pastar. Como estava sozinho durante todo o dia, aborrecia-se muito. Então, pensou numa maneira de ter companhia e de se divertir um pouco. Voltou-se na direção da aldeia e gritou: “Lobo! Lobo!”. Os camponeses correram em seu auxílio. Não gostaram da graça, mas alguns deles acabaram por ficar junto do pastor por algum tempo. O rapaz ficou tão contente
que repetiu várias vezes a façanha. Alguns dias depois, um lobo saiu da floresta e atacou o rebanho. O pastorzinho pediu ajuda, gritando ainda mais alto do que costumava fazer: “Lobo! Lobo!”.
Como os camponeses já tinham sido enganados várias vezes,
pensaram que era mais uma brincadeira e não o foram ajudar. O lobo pôde encher a barriga à vontade porque ninguém o impediu. Quando regressou à aldeia, o rapaz queixou-se amargamente, mas o homem mais velho e sábio da aldeia respondeu-lhe: “Na boca do mentiroso, o certo é duvidoso.”

O LÁPIS E A CANETA

Lara da Conceição

O lápis e a caneta estavam na mesma papelaria, porém em
prateleiras diferentes, e eles eram melhores amigos, só que não podiam sair da sua embalagem, então ficavam esperando alguém comprar os dois, Aí depois de várias tentativas de serem comprados, eles não aguentavam mais a distância, então resolveram furar a embalagem e ir se encontrar, eles conversaram por muito tempo naquela noite, e na manhã quando a papelaria abria eles voltaram só que as embalagens que estavam furadas não podiam ser vendidas elas eram levadas para um depósito pra refazer a embalagem e se eles fossem pro depósito, corriam o risco de não ir pra mesma papelaria. Então antes de serem vistos uma senhora entrou na papelaria, os dois viram que a bolsa dela tava aberta e resolveram pular, e foram para a casa da moça e viveram felizes para sempre.

RECONTO

Marlene Freitas
Música…

Era uma vez, há muito tempo atrás… aqui perto da Serra do Baú, moravam num rancho simples um lavrador, sua mulher e dois garotos, ainda pequenos. Quinca, como era chamado, trabalhava nas terras do Sr. Juvêncio, mas o dinheiro era pouco e o patrão que vivia sozinho, passava mais tempo na cidade do que na roça. Seu Juvêncio era um homem de estatura pequena, cara de mau, nunca ria nem dava bom dia. Suas terras eram enormes, mas quem nelas passeavam eram seus bois de invernada. Tinha também uma mata fechada e uma imensa plantação de “gueirobas”, como se diz por aqui, um coqueiral verdinho, verdinho a se perder de vista nos sertões das Gerais. Os sitiados que moravam por ali a certa distância, tinham medo do Sr. Juvêncio.
Diziam cada coisa: “que ele tinha parte com o coisa ruim”, que era o Caipora, dono das matas e por aí corria a fofoca.
Certo dia a Merência, mulher do Quinca, levantou com um pé esquerdo, brava que só, dizendo ao marido que desse um jeito de arranjar comida, pois a despensa “tava” vazia e os meninos iam passar fome. Quinca explicou que fazia tempos que o patrão não aparecia e o pagamento não chegava até ele. Merencia esbravejou, sapateou, chorou e falou que ele desse um jeito. Quinca então falou que ela ficasse sossegada, que ele daria uma solução.
Então… Quinca levantou de madrugada, como fazia todos os dias, pegou o facão e foi até ao coqueiral de “gueirobas”, com cuidado, levantou o braço pra cortar as “gueirobas”, quando um barulho horrível o fez tremer da cabeça aos pés. Era o Caipora, um sujeitinho baixinho que nem menino, meio índio, meio branco, montado num porco do mato que pulava e gritava, ameaçando matar o lavrador pelo roubo das “gueirobas”. Quinca ajoelhou nos seus pés e chorando, explicou sua triste situação. Que trabalhava, mas era muito pouco, que a família estava passando fome… e tanto implorou que o Caipora lhe disse que perdoaria apenas essa vez. Quinca correu pra casa. E foram trinta dias, comendo “gueirobas” à milanesa e ao forno de fogão de lenha. Mas, o que é bom dura pouco.
A comida acabou e Merencia outra vez reclamou. Dessa vez ela já sabia, é claro, de onde vinha o sustento e o Sr. Juvêncio nada de aparecer… Lá se foi o Quinca pro
“gueirobal”, onde tudo aconteceu do mesmo jeito. Dessa vez Quinca elogiou a bondade do Caipora e implorou piedade, dizendo que os filhos estavam doentes. O Caipora lhe disse que seria a última vez. Quinca correu com as “gueirobas” e as comeram por um ano.
Merência aprendeu a fazer até bolos de “gueiroba” e o patrão nada… a “gueiroba” acabou e lá se foi o lavrador buscar mais comida. Tudo se repetiu, mas mesmo Quinca dizendo que fazia um ano que o patrão não aparecia e ele não recebia salário nenhum, o Caipora impôs uma condição: Se Quinca conseguisse matá-lo, em três chances, estaria salvo. Quinca tremendo levantou o facão e vap! Um golpe no braço. Caipora nem se mexeu e disse enfurecido, que ele usasse de mais força, mais, muito mais. Da segunda vez ele golpeou a perna com mais força e nada. Caipora cuspia
marimbondo e gritava, mais força, fracote, assim você estará perdido. Quinca descansou um pouco… chorando, implorando, quando uma vespa começou a voar em volta dele e zumbir, zumbir e falar: “na nuca! Na nuca!”. Quinca não entendeu e falou quase desfalecido: O que?
Caipora o esperava a uma certa distância e não ouviu a vespa que insistiu até Quinca entender: “na nuca! na nuca! Na nuca”.
_ Ah, agora sim… falou Quincas e foi indo devagarinho em direção ao caipora, armou o golpe e vap! na nuca. Uma fumaça escura envolveu o Caipora, agora se transformado em Juvêncio, sim era ele o Caipora, e o corpo desapareceu no meio da fumaça. Quinca correu pra casa e contou a história a Merencia, tal como contei agora.
Como as terras não tinham mais dono. Quinca e a família trabalharam nas terras, e dizem que ele dividiu com os companheiros lavradores como ele, alguns alqueires para
cada um. Dizem também que o Caipora desapareceu e que por ali ficou tudo muito bonito e ninguém mais passou fome.
Gueirobal – guarirobal;
Vap! – Som de pancada, cutelada

RECONTO (Roteiro)
Marlene Freitas

NARRADORA: Era uma vez, há muito tempo atrás… aqui perto da Serra do Baú, moravam num rancho simples um lavrador, sua mulher e dois garotos, ainda pequenos.
Quinca, como era chamado, trabalhava nas terras do Sr. Juvêncio, mas o dinheiro era pouco e o patrão que vivia sozinho, passava mais tempo na cidade do que na roça. Seu
Juvêncio era um homem de estatura pequena, cara de mau, nunca ria nem dava bom dia.
Suas terras eram enormes, mas quem nelas passeavam eram seus bois de invernada.
Tinha também uma mata fechada e uma imensa plantação de “gueirobas”, como se diz por aqui, um coqueiral verdinho, verdinho a se perder de vista nos sertões das Gerais.
Os sitiados que moravam por ali a certa distância, tinham medo do Sr. Juvêncio. Diziam cada coisa: SITIADO: Sr. Juvêncio tem parte com o coisa ruim, ele é o Caipora em
pessoa… é o dono das matas…

NARRADORA: E por aí corria a fofoca. Certo dia a Merência, mulher do Quinca,
levantou com um pé esquerdo, brava que só…

MERENCIA: Quincas! Você tem que dar um jeito de arranjar comida, pois a despensa “tá” vazia e os meninos vão passar fome.

QUINCA: Mulher! Faz tempo que o patrão não aparece e o pagamento não chega.

NARRADORA: Merência esbravejou, sapateou, chorou…

MERENCIA: Quincas! Você trate de dar um jeito nessa situação!

QUINCA: Fique sossegada Merência! Eu já tenho uma solução.

NARRADORA: Então… Quinca levantou de madrugada, como fazia todos os dias, pegou o facão e foi até ao coqueiral de “gueirobas”, com cuidado, levantou o braço pra
cortar as “gueirobas”, quando um barulho horrível o fez tremer da cabeça aos pés (fazero barulho). Era o Caipora, um sujeitinho baixinho que nem menino, meio índio, meio branco, montado num porco do mato que pulava e gritava.

CAIPORA: Seu ladrão! Largue já isso! Roubando minhas “gueirobas”, vou te matar!

NARRADORA: Quinca ajoelhou aos pés do Caipora e chorando, explicou:

Sr. Caipora! Eu tenho uma mulher e dois filhos pequenos, estamos morrendo da fome,eu trabalho muito, mas ganho muito pouco. Minha família está passando fome…

NARRADORA: Tanto implorou que o Caipora lhe disse:

CAIPORA: Desta vez eu te perdoo, mas apenas dessa vez.

NARRADORA: Quinca correu pra casa. E foram trinta dias, comendo “gueiroba” à milanesa e ao forno de fogão de lenha. Mas, o que é bom dura pouco. A comida acabou e Merência outra vez reclamou:

MERENCIA: Quincas! Você tem que dar um jeito de arranjar comida de novo.

NARRADORA: Dessa vez ela já sabia, é claro, de onde vinha o sustento e o Sr. Juvêncio nada de aparecer… Lá se foi o Quinca pro “gueirobal”, onde tudo aconteceu do mesmo jeito. Dessa vez Quinca elogiou a bondade do Caipora e implorou piedade.

QUINCA: Sr. Caipora, eu imploro por sua bondade, você é um ser protetor das matadas, tem bom coração, meus filhos estão muito doentes.

CAIPORA: Sr. Quincas! Essa será a última vez, darei permissão para você ir embora com as “gueirobas”, não haverá uma terceira vez.

NARRADORA: Quinca correu com as “gueirobas” e as comeram por um ano. Merencia aprendeu a fazer até bolos de “gueiroba” e o patrão nada… a “gueiroba” acabou e lá se foi o lavrador buscar mais comida. Tudo se repetiu…

QUINCA: Sr. Caipora, eu imploro por sua bondade, faz um ano que o patrão não aparece, não recebo salário nenhum, tenha misericórdia de mim e da minha família,meus filhos não tem o que comer.

CAIPORA: Sr. Quincas! Se quer viver terá que me matar. Sua vida por minha morte!
Te darei três chances… se me matar estará salvo e livre de mim.

NARRADORA: Quinca tremendo, levantou o facão e vap! Um golpe no braço. Caipora nem se mexeu e disse enfurecido:

CAIPORA: Força! Use toda sua força! Mais, muito mais.
NARRADORA: Da segunda vez ele golpeou a perna com mais força e nada. Caipora cuspia marimbondo e gritava:

CAIPORA: Força! Mais força, fracote, assim você estará perdido.

NARRADORA: Quinca descansou um pouco… chorando, implorando, quando uma vespa começou a voar em volta dele e zumbir, zumbir e falar:

VESPA: Na nuca! Na nuca! Na nuca!

NARRADORA: Quinca não entendeu e falou quase desfalecido:

QUINCA: O que?
NARRADORA: Caipora o esperava a uma certa distância e não ouviu a vespa que insistiu até Quinca entender.

QUINCA: Ah! Agora sim…

NARRADORA: E Quincas foi indo devagarinho em direção ao Caipora, armou o golpe e vap! na nuca. Uma fumaça escura envolveu o Caipora, agora se transformado em Juvêncio, sim era ele o Caipora, e o corpo desapareceu no meio da fumaça. Quinca correu pra casa e contou a história a Merencia, tal como contei agora. Como as terras não tinham mais dono. Quinca e a família trabalharam nas terras, e dizem que ele
dividiu com os companheiros lavradores como ele, alguns alqueires para cada um.
Dizem também que o Caipora desapareceu e que por ali ficou tudo muito bonito e ninguém mais passou fome.

O JOVEM MÚSICO
Angelo Artur Vilani

Em um vilarejo num reino antigo da época medieval existia um pequeno garoto chamado Rapaz, o qual tinha o sonho de ser um artista musical.
Sua mãe dizia:
Filho esse sonho não vale a pena, é melhor você escolher algo que renda mais.
O seu pai dizia:
É melhor você virar qualquer outra coisa, não quero filho meu mal falado na cidade por causa de sua profissão.
O garoto só não havia desistido de seu sonho ainda porque ele tinha o seu melhor amigo para o incentivar esse amigo era a sua música, pois sempre que ele a tocava se sentia inspirado a continuar, pois ele só queria ver a alegria das pessoas ao ouvirem a sua música.
Então no dia do seu 18° aniversário ele decidiu deixar seu vilarejo e ir na direção da capital para lá mostrar o seu talento musical.

Como ele não tinha dinheiro para ir direto a capital ele decidiu seguir por várias cidades e por eles espalhar a sua música e com isso conseguir o dinheiro para ir até a capital.
Chegando na primeira cidade em seu caminho para capital:
— Eu só tenho dinheiro para uma noite nessa cidade, preciso conseguir dinheiro amanhã de alguma forma. Diz Rapaz
Então aí que lhe vem a ideia de ir à praça central daquela cidade e tocar a sua música, e com isso tentar conseguir dinheiro. Ele sabia que era arriscado não conseguir, mas mesmo assim ele tinha fé em sua música.
No dia seguinte já em meio a praça:
Começa a tocar a música e enquanto toca começa a se reunir um público em volta
— Aplausos
—Se gostaram e quiserem apoiar meu sonho de ir para capital doando um pouco de
dinheiro para a minha viagem, fazendo isso por menor que seja a quantia fico enormemente agradecido pela gentileza. Diz o rapaz.
E nessa onda passou um ano e rumores sobre um lindo rapaz que tinha uma linda voz
espalharam cada vez mais dentre o reino. E nisso a princesa do reino se interessa pela
história do rapaz e manda seus subordinados procurarem pelo rapaz o qual ela queria
conhecer.

Passando seis meses que a princesa ordenou que o procurassem acharam ele perto da
capital tocando a sua música, porém ele parecia estar todo acabado pois já fazia tempo que não doavam mais nada para ele.
O subordinado da princesa se aproxima e diz:
— Rapaz a princesa ordenou que eu o levasse ao palácio para encontrá-la
— Meu bom senhor o que a bela princesa iria querer com um músico sem uma moeda de prata sequer. Diz o rapaz
— são ordens da princesa, ela disse que queria muito ouvir a sua música favorita tocada por você. Diz o senhor
— Eu não posso encontrar a princesa nesse estado e eu não tenho dinheiro para nada. Diz o rapaz
— Ora não seja por isso, eu vou levar você ao palácio lá você terá moradia, boa roupa e comida.
— Mas eu não posso aceitar tamanha generosidade sem dar nada em troca
— Sua música Rapaz é tudo o que precisa dar em troca, ou seja vire músico pessoal da
princesa.
— Já que é isso eu posso aceitar, não esquecerei esse ato de bondade meu senhor
— não sou eu quem deve agradecer agradeça a princesa.
Então após ir ao palácio e se vestir e alimentar bem ele fez a sua canção para a princesa, que por sua vez fica encantada com a voz do Rapaz, e depois de anos nesse
relacionamento de músico e patroa ela acabou se apaixonando pelo Rapaz o qual já era apaixonado pela princesa desde que a encontrou e assim depois de se casarem viveram felizes para sempre!

Fim 🙂

Independente do que falem ou quão difícil seja não largue o seu sonho mas sim o segure firmemente que você o realizará!

O Brilho da Lua

Emeli Bruna Barossi

Era uma vez um Rei Gelado que governava um reino escuro. Esse rei era conhecido por ter tudo o que queria. Até que um dia surge em seu reino uma menina diferente, dona de um brilho intenso, ela era amiga das estrelas. E não demorou muito para que a menina e suas amigas estrelas chamassem a atenção de todos que viviam no reino escuro, inclusive o Rei.

Ao ver a menina que reluzia, o Rei gelado ficou encantado com todo aquele brilho. Ele então decidiu que queria aquele brilho para si. Todo orgulhoso foi até a menina e lhe ofereceu uma grande quantia em dinheiro em troca de seu brilho. A menina recusou.

O Rei ficou furioso, e então resolveu roubar as estrelas que cercavam a menina, achando que se as possuísse e se tornasse amigo delas ele tiraria o brilho da menina e se tornaria tão brilhante quanto ela. Mas quando ele roubou as estrelas nada aconteceu.

O Rei então, por não saber como pegar o brilho para si, tentou cobrir a menina para ofuscar o brilho dela. Mas nem o tecido mais grosso foi capaz de apagar a sua luz. Sem mais paciência o Rei gelado tentou arrancar seu brilho a força. Mais uma vez sem resultado…

Nada do que ele tentará deu certo. Vendo que não podia conquistar seu brilho, o Rei invejoso fez da pobre menina sua prisioneira. E assim para que ninguém mais pudesse ver seu brilho mandou ela para bem longe…. lá no céu.

Mas o brilho da menina era tão intenso que mesmo no céu ainda foi possível vê-la brilhar.

 Ela virou lua.